Meu nome é Maria Luíza de Oliveira/Malu Oliveira, sou atual presidente do Grupo Pérolas de Minas.
Recebi o diagnóstico do câncer de mama com 27 anos de idade. Confesso, que não foi fácil. Tive medo do que estava por vir.
O momento mais difícil foi contar para os meus pais, minha avó e irmãos, que a filha/neta/irmã estava com câncer.
Sofri! Chorei muito! Recebi deles todo apoio e carinho que lhes é peculiar. Passar pelas sessões de quimioterapias, não foi e nem será fácil para ninguém. Acreditei na cura desde o início, entreguei-me a minha fé, ao tratamento médico que me foi proposto pela equipe médica e “lutei”.
Além do “aprendizado” do câncer de mama, vieram o câncer de intestino, esôfago e linfoma não Hodgkin.
Chamo o câncer de “aprendizado”, por que acredito que ele me transformou na pessoa que hoje, sou: melhor comigo e com os outros.
Logo após o tratamento do linfoma, parei de andar e de enxergar. Foram momentos difíceis, por que algo desconhecido estava por vir. Depois de um mês no hospital e de muitos exames recebi o diagnóstico final: esclerose múltipla.
Neste período fiz o que chamo de “terapia de teto”. Olhava para o teto e perguntava: para quê? Sabia que tinha uma missão. Refleti, chorei e entendi que precisava ter um olhar para o meu próximo. Fui educada com exemplos de solidariedade dos meus pais, não podia deixar de fazer a minha parte neste mundo.
O Pérolas de Minas é a forma que encontrei de retribuir ao mundo, à minha família e à aqueles que recebem o diagnóstico de um câncer, todo carinho e amor que recebi.
O Pérolas é um trabalho de equipe. Sou grata a Ana Carolina e Denise por terem aceito estar comigo nesta caminhada.
Acredito que nada foi em vão.
Não tenho nada para reclamar da vida, sou grata por tudo que passei.
Vivo repetindo, que a vida é muito mais que um diagnóstico. A vida é o aqui e agora!