Me chamo Ana Carolina, sou Diretora Executiva do Perolas de Minas. Em 2011, aos 36 anos de idade, tive o diagnóstico de câncer de mama. Durante o autoexame descobri um nódulo e rapidamente procurei um mastologista. Quando o resultado chegou, levei um susto, mas me refiz e fui encarar a realidade da doença. Hoje estou curada e vivo um dia de cada vez. Descobri que o dia de hoje é o meu presente.
Comecei a ter uma outra dimensão da vida, outros valores me foram adquiridos. Neste percurso, fui contemplada com o apoio incondicional da minha família, do meu marido e dos meus amigos. E quando passei por essa caminhada senti a necessidade de conversar com pessoas que estivessem passando pela mesma situação que a minha.
Após alguns anos e com alguns encontros que a vida me proporcionou, e um deles foi com a Malu e a Denise, veio a realização de um sonho: a criação do Pérolas de Minas. Grupo que acolhe mulheres em tratamento do câncer de mama.
É um trabalho maravilhoso, de troca de afetos, porque nem sempre dá para encarar a notícia do câncer de mama com lentes cor-de-rosa. Mostramos que é possível vencer a doença e seus desafios e que elas também serão capazes de superá-los.
Não só as mulheres que são acolhidas por nós são beneficiadas, mas acredito que todas nós aprendemos umas com as outras por meio dessa troca de experiências, é uma mudança efetiva em nossas vidas. Passamos a nos enxergar de uma nova maneira, com carinho, com amor e com gratidão a vida e reconhecendo a nossa beleza.
Participar da criação do Perolas de Minas representou para mim uma vitória pessoal sobre esta doença, aumentando meu orgulho em poder acolher mulheres que não estão sabendo lidar com o diagnóstico do câncer de mama. Hoje, sou ainda mais forte para seguir em frente, para enfrentar as adversidades da vida e para ajudar e acolher as pessoas que se sentirem fragilizadas no enfretamento do câncer.
A minha Fé, minha força e minha coragem me ajudaram a superar a doença, além do amor de todos que foram essenciais para a minha cura. Há algo muito maior do que a doença. que é a nossa história de vida, e há muitas coisas boas que quero desfrutar e vivenciar.